São Justino

01 de Junho, dia de São Justino, também conhecido como Justino Mártir, foi um dos primeiros e mais importantes apologistas cristãos do século II. Nascido em Flávia Neápolis (atual Nablus, na Cisjordânia) por volta de 100 d.C., Justino era um filósofo que encontrou no Cristianismo a verdade que tanto buscava nas escolas de pensamento gregas e romanas. Sua vida e escritos refletem uma profunda dedicação à fé cristã, oferecendo um testemunho valioso de um homem que não apenas abraçou a fé, mas que também a defendeu vigorosamente até a morte.

Conversão

Antes de sua conversão, Justino foi um ávido estudioso das filosofias estóica, aristotélica, pitagórica e platônica. Contudo, foi através do contato com o Cristianismo que encontrou respostas satisfatórias para suas perguntas mais profundas sobre Deus, a criação e a moralidade. Após sua conversão, ele dedicou sua vida à defesa e à propagação da fé cristã, utilizando sua formação filosófica para dialogar com pagãos e judeus, e para explicar a fé cristã de maneira racional e acessível.

“um homem de bem não abandona a fé”

Um dos pontos centrais da vida de Justino foi a sua firme convicção de que “um homem de bem não abandona a fé”. Esta frase ressoa em seus escritos, particularmente nas suas “Apologias” e no “Diálogo com Trifão”. Em suas “Apologias”, Justino argumenta que a fé cristã é não apenas racional, mas também a mais elevada expressão da verdade e da moralidade humana. Ele defende os cristãos contra as acusações de ateísmo e imoralidade, demonstrando que a fé cristã é coerente com a razão e superior às filosofias pagãs.

Jesus é o Messias

No “Diálogo com Trifão”, Justino apresenta uma defesa apaixonada do Cristianismo para um interlocutor judeu. Ele usa a Escritura Judaica para mostrar que Jesus é o Messias prometido e que a nova aliança é o cumprimento da antiga. Justino acredita que a fé cristã não é uma ruptura com o passado, mas a sua plena realização.

Mártir

O testemunho de Justino como mártir reforça sua crença inabalável. Por volta de 165 d.C., ele foi preso em Roma e, diante da escolha entre renunciar à fé ou enfrentar a morte, Justino optou pelo martírio. Ele e seus companheiros foram decapitados, selando com sangue a fé que defenderam com palavras.

Legado

São Justino é lembrado como um exemplo de integridade e coragem. Sua vida e obra mostram que a fé cristã pode ser defendida racionalmente e vivida com autenticidade, mesmo diante da perseguição. A frase “um homem de bem não abandona a fé” resume a convicção de Justino de que a verdade do Evangelho é digna de ser defendida até as últimas consequências. Ele é um testemunho perene de que a fé cristã, abraçada com sinceridade e defendida com coragem, pode resistir às mais severas provas e adversidades.

 

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