São João da Cruz

São João da Cruz, um dos grandes místicos e poetas espanhóis do século XVI, deixou um legado profundo que transcende seu tempo e continua a inspirar pessoas ao redor do mundo. Nascido em 1542, em Fontiveros, Espanha, com o nome de Juan de Yepes y Álvarez, ele entrou na ordem carmelita, buscando uma vida de contemplação e serviço a Deus.

Reforma da Ordem Carmelita

A vida de São João da Cruz foi marcada por uma profunda busca espiritual e uma dedicação incansável à união com o divino. Ele foi um dos principais expoentes da tradição mística espanhola, juntamente com Santa Teresa de Ávila, e desempenhou um papel crucial na reforma da Ordem Carmelita, defendendo uma vida de austeridade, simplicidade e contemplação.

Importantes obras

Uma das contribuições mais notáveis de São João da Cruz foi sua poesia mística, que reflete sua intensa jornada espiritual. Seus poemas, como “Cântico Espiritual” e “Noite Escura da Alma”, exploram a jornada da alma em direção a Deus, descrevendo a busca da união mística e o processo de purificação interior. A linguagem poética de São João da Cruz é rica em simbolismo, metáforas e imagens, transmitindo a complexidade da experiência espiritual.

Noite Escura da Alma

“Noite Escura da Alma” é talvez sua obra-prima, onde ele descreve a escuridão interior que a alma deve atravessar para alcançar a união divina. Esse período de obscuridade e desolação é visto como uma purificação necessária, um caminho para se libertar das amarras terrenas e alcançar a comunhão mais profunda com Deus. São João da Cruz enfatiza a importância da fé e da confiança durante esses momentos difíceis, pois é através deles que a alma é purificada e elevada espiritualmente.

Passagem, Beatificação, Canonização e Título de Doutor da Igreja

Pregador, místico, escritor e poeta, este notável santo da Igreja concluiu sua jornada terrena após enfrentar uma dolorosa enfermidade, em 1591, aos 49 anos de idade. São Clemente X conferiu-lhe a beatificação em 1675, e Bento XIII, em 1726, elevou-o à canonização. Em 1926, o Papa Pio XI honrou-o com o título de Doutor da Igreja.

 

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