Jo 6,35-40
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 35“Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. 36Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. 37Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei.38Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
São Rafael Arnaiz Barón: um jovem santo, alegre e monge trapista
São Rafael Arnaiz Barón foi um monge trapista espanhol, nascido em 9 de abril de 1911, em Burgos, Espanha. Ele era o segundo de onze filhos, em uma família profundamente religiosa e abastada. Seu pai era um médico e sua mãe, uma professora.
Desde a infância, São Rafael demonstrou uma forte inclinação para a espiritualidade. Ele frequentava a missa diariamente e dedicava muito tempo à oração. Durante a adolescência, ele começou a questionar sua vocação e passou por um período de incerteza. Ele estudou direito por um tempo, mas logo percebeu que seu verdadeiro chamado era para a vida religiosa.
Vida religiosa
Em 1932, São Rafael ingressou na Ordem Cisterciense da Estrita Observância, também conhecida como Ordem dos Trapistas, e foi enviado para o Mosteiro de San Isidro de Dueñas, em Palência. Ele recebeu o hábito monástico em 16 de janeiro de 1933 e professou seus votos solenes em 19 de março de 1934.
São Rafael viveu uma vida monástica simples e austera, seguindo as regras rigorosas da Ordem dos Trapistas. Ele passava a maior parte do tempo em oração e trabalho, dedicando-se a atividades como a agricultura, a fabricação de queijo e a produção de hortaliças. Ele também escrevia cartas para seus amigos e familiares, nas quais compartilhava seus pensamentos e reflexões espirituais.
Apesar de seu estilo de vida simples, São Rafael era profundamente contemplativo e tinha uma visão espiritual excepcionalmente profunda. Ele via a vida monástica como uma oportunidade para buscar a Deus em tudo o que fazia e estava sempre procurando maneiras de se aperfeiçoar espiritualmente.
Problemas de saúde e morte precoce
São Rafael também sofreu de problemas de saúde durante grande parte de sua vida monástica. Ele teve várias crises de asma, que o deixavam incapaz de trabalhar e muitas vezes o forçavam a se retirar para sua cela para descansar. Ele também lutou contra a anemia e outras doenças, mas sempre manteve uma atitude positiva e alegre em relação a sua vida.
Em agosto de 1938, São Rafael ficou gravemente doente e foi levado para o hospital. Ele foi diagnosticado com diabetes e seu estado de saúde piorou rapidamente. Em 26 de abril de 1938, ele morreu com apenas 27 anos de idade.
Legado
Apesar de sua curta vida, São Rafael Arnaiz Barón deixou um legado espiritual duradouro. Seus escritos espirituais, que incluem cartas e diários, foram publicados em vários livros, incluindo “O Diário de um Monge Trapista” e “Cartas para sua Família”. Neles, ele compartilha suas reflexões profundas sobre a vida monástica e a busca pela santidade.
São Rafael também foi um modelo de virtude e santidade para muitos. Sua humildade, sua alegria constante e sua profunda devoção a Deus são exemplos inspiradores para todos aqueles que buscam seguir uma vida de fé.
Beatificação e Canonização
São Rafael Arnaiz Barón foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 27 de setembro de 1992 e canonizado pelo Papa Bento XVI em 11 de outubro de 2009. Sua festa litúrgica é celebrada em 26 de abril. São Rafael é considerado um dos santos mais populares da Espanha e um modelo de santidade para todos os cristãos, especialmente para aqueles que buscam uma vida monástica ou contemplativa. Sua vida e obra continuam a inspirar pessoas em todo o mundo a buscar uma vida de oração, humildade e devoção a Deus.
Citações
“Viver em uma cela é viver em uma escola. É aprender a encontrar Deus em tudo.”
“Quando eu era jovem, costumava pensar que o sucesso era o mais importante da vida. Agora, percebo que o mais importante é a santidade.”
“Não importa o que façamos, sempre devemos fazer tudo por amor a Deus.”
“A oração é o alimento da alma. Sem ela, não podemos viver.”
“O trabalho é uma forma de oração. Quando trabalhamos, estamos oferecendo nosso trabalho a Deus.”
“Deus nos chama a ser santos em nosso próprio caminho. Não devemos comparar nossas vidas com as dos outros, mas buscar a vontade de Deus em nossas próprias vidas.”
“A humildade é a chave para a santidade. Quando reconhecemos nossa fraqueza e dependência de Deus, podemos crescer em santidade.”
“A vida monástica é uma escola de santidade. É uma oportunidade para nos dedicarmos a Deus de todo o coração e buscar a santidade em todas as coisas.”
“A alegria é uma das maiores virtudes. Quando somos alegres, estamos mostrando ao mundo a alegria de Deus.”
“Deus está sempre conosco, mesmo quando não podemos vê-lo. Devemos confiar nele em todas as coisas e buscar sua vontade em nossas vidas.”